terça-feira, 28 de abril de 2015

A Casa do Céu - Amanda Lindhout

Esse livro foi o primeiro que comprei por indicação sem saber nada, na verdade fui fazer uma troca e me indicaram, sei que não se deve julgar o livro pela capa, mas foi impossível não amar a capa e o nome dele em si é lindo.
O que foi interessante  que ao contrario dos livros anteriores que já tinha uma noção da historia, este não tinha a minima ideia do que se tratava, percebi que fiquei mais curiosa,critica e chata em certo momentos da leitura. ( sim vai ter algumas criticas, isso não quer dizer que o livro não seja bom pelo contrario é melhor que lí esse ano até o momento)
Ele é uma autobiografia de Amanda Lindhout uma menina de uma cidade do interior do Canadá que teve uma infância complicada devido a separação de seus pais e relacionamentos conturbados de sua mãe, no entanto sempre antes de dormir ia  para longe de todos seus problemas sonhando com as paisagens que via nas revistas da National Geographic velhas que conseguia.
Ela cresceu, foi para uma cidade maior, conseguiu um emprego de garçonete, tinha um namorado, parecia tudo perfeito, mas os seus sonhos de menina ainda estavam vivos, queria algo mais. juntou dinheiro e resolveu se aventurar e mochilar por ai.
Confesso que me identifiquei, quem não quer viajar?Conhecer um lugar novo?Porém em certos momentos me irritei, da forma que ela descreveu sua passagem por algum países, não sei se tenho boa percepção de espaço e localização por que parecia que o mundo era uma Panteia. A principio achei que ela só queria ver as paisagens que ela via quando era criança, por não parecia se interessar pela cultural dos lugares, O primeiro lugar foi o Monte Roraima que fica na divisa da Venezuela com o Brasil, ela só mencionou que passou pelo Brasil fiquei pensando será que ela viu que falamos português e não espanhol? Fiquei com aquela impressão de todo gringo acha que aqui é oba- oba, tudo a deus dará e no começo aquele medo do contato com as pessoas locais, de comer as frutas?? Competição de conhecer mais países.Enfim nessa parte fui bem critica. rsrsrsrs
Com o passar das paginas o livro foi me conquistando e se revelando o que era enfim, ela começou a fazer coisas legais além de apenas ver a paisagem, contudo por ter lido outros livros sobre Oriente Médio achei ela teimosa que queria provar de como ela era independente e corajosa, nunca fiz uma viagem internacional, mas o s livros já me levaram a vários lugares e viajar para um país que esta em guerra civil, brigas entre gangues de milicias extremistas islâmicas não pode dizer que é algo
 " turístico".
Ela foi sequestrada em Mogadíscio capital da Somália por um grupo independente extremista islâmico, as poucas coisas que sabia (eu) sobre o país que tem um dos menores PIB per capita, um dos países mais pobres e perigoso do mundo e onde também é grande a perseguição de cristão independente da onde seja. Sei disso por já encontrei com missionários que fazem trabalho voluntario em alguns países do continente Africano.
Os relatos são muito fortes, no começo fiquei muito preocupada com a inocência dela de tentar fazer amizade com os sequestradores eu pensava - EI MOÇA! ACORDA ISSO É REAL! ELES ESTÃO TE SEQUESTRANDO! AI MEU D-US!. Desta parte em diante o livro fica muito intenso. Pensei, refletir e chorei.
No livro a trechos do Alcorão que é interessante e conflitantes, mostra alguns rituais e festas do Islã, da maneira de como a mulher é vista e tratada muita vezes discriminadas, lembrando que muitos muçulmanos não concordam com esses grupos extremistas.
Mas apesar de nos capítulos anteriores ser bem critica com ela, tenho certeza que não teria a força que ela teve nos momentos difíceis, a mente e a esperança depois de tanto tempo e ainda a ação do perdão.  Admiro a pessoa que ela e a comparo a fênix porque ela se refez completamente, num processo demorado que voa um pouco a cada dia.
Normalmente quando leio um livro imagino os lugares, os personagens, mas este foi o primeiro livro que lí que a mente travou, foi impossível imaginar as coisas horríveis o que Amanda passou.
Hoje ela é ativista e fundadora da Global Enrichment  Foundation ( Fundação para o Enriquecimento Global) uma instituição sem fins lucrativos de ajuda humanitária e educação na Somália e Quênia.
Bem seu livro vai ganhar uma adaptação para o cinema, não sei quanto vai ser lançado mas já estou contente de saber que mais pessoas vão conhecer sua historia, sobre a Somália...
A frase do livro que me marcou foi quando ela ainda estava no cativeiro, pensando em sua liberdade lembrou quando estava observando o Monte Roraima e perguntou para seu namorado para onde iam, ele respondeu:
- Qualquer lugar!
E percebi que quando se tem paz, que você possa respeirar, ver o sol, ter contato com sua familia qualquer lugar é perfeito.

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